Tá Perdido? Pergunta, sô.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Riso e Esquecimento

Não podemos tirar férias de nossas vidas.

Não sei como isto soa para você, mas para mim assemelha-se a um daqueles fatos ou condições teoricamente óbvias, e que por isso não lhes damos muita atenção e nem refletimos o suficiente sobre. Mas é fato.

Ou melhor, quase. Geralmente consideramos “vida” a nossa rotina diária, a labuta. Aquilo de acordar-trabalhar-dormir, com algumas variações, terrivelmente limitadas. Se assim fosse, o ato de dormir poderia ser considerado o único entreato de nossas vidas. Mas se considerarmos “vida”, no sentido de “existência”, não existe intervalo. Dormir faz parte da vida, não nos exclui dela. Para esta, realmente não há folga. Só o fim.

Pois é. E alguém te perguntou se você queria estar aqui? Pra mim não. Não se sabe o que aconteceu antes, tampouco o que acontecerá depois. “Muito bem, aqui está seu livre-arbítrio e sua tabela, você precisa atingir 100 pontos em minha escala de bom-comportamento se quiser morar aqui pela eternidade. Nos vemos dentro de uns setenta anos... ou não!!!! HAHAHAHAHAHAHA” Seria mais fácil não é? Mas o tapa com o qual somos saudados assim que chegamos pelas bandas de cá já mostra que não é bem por aí...

Mas não é só isso. Como eu disse acima, ainda existe a questão de que neste lugareco xexelento Todos os rios correm para o mar; contudo o mar não se enche; ao lugar de onde vêm os rios, para ali tornam eles a correr.

O que foi é o que há de ser; e o que se fez é o que se fará: e nada há de novo sob o sol.

(o legal de escrever para um blog é que não preciso usar as normas da ABNT. Não vou dizer quem escreveu tudo isso, lero-lero).

Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já existia nos tempos passados, que foram antes de nós.

E o nosso nome fica esquecido, e ninguém mais se lembra da nossa obra, e nossa vida passa como o rastro da nuvem, e se dissipa como a neblina expulsa pelos raios do sol e dissolvida pelo seu calor.

Oh, yeah. Então cada um que tente encontrar sua maneira de não pirar. Se não sabemos o que vem depois, precisamos atribuir sentido ao hoje.

Portanto, vamos gozar o que há de bom no presente e usar as criaturas com ardor juvenil. Vamos embriagar-nos com vinhos caros e perfumes, e não deixemos que a flor da primavera nos escape. Que nenhum de nós fique fora de nossas orgias: deixemos por toda parte sinais de nossa alegria, porque essa é a nossa sorte e nosso destino.

Não, não!! Não estou querendo te dizer que este é o caminho certo. Se é isso que você procura, assista ao Sunscreen. Tá bom vai, digo só uma coisinha então: não deixe de viver por medo. Não existe ninguém plenamente feliz aqui, talvez perseguir isso seja a fonte de muitos problemas. Na felicidade, vivemos. Na dor, aprendemos a viver. Entre o niilismo ou ascetismo, acredito que cada um deva encontrar a sua proporção. A minha? Depende de quanto eu beber...

quinta-feira, 26 de março de 2009

A Insustentável Beleza de Crer


Eu não gosto do conceito de formação de opinião, quase tanto como não gosto dos formadores de opinião.

Acredito fortemente no cérebro como instrumento capaz e suficiente de discernir entre o certo e o errado; o bonito e o feio; o alto e o baixo e etc. Contudo, aparentemente, a maioria das pessoas tem a necessidade visceral de obter opiniões pré-fabricadas e repetitivas, vindas de pessoas que são expostas na mídia como "a escolha certa".

Tenho para mim que as pessoas nascem idiotas e vão desenvolvendo-se conforme absorvem ensinamentos de todas as vertentes, até serem capazes de formar opiniões sólidas que as permitam sobreviver em sociedade. A cada minuto, fazemos uma escolha. Algumas tem uma importância maior, outras tem menor valia. A questão é que a somatória de todas as escolhas que fazemos diariamente é o que costumo chamar de "vida". E essa vida depende muito de nós mesmos.

Voltando ao âmago da questão, como podemos então permitir e apropriar opiniões de terceiros em nossas escolhas? É a nossa vida em jogo, ora bolas. Assuma portanto os riscos de viver sob seus próprios conceitos, suas próprias escolhas. O fato de alguém ter estudado mais do que você, não o qualifica a ter as respostas que você precisa para sobreviver com dignidade e harmonia. E, gostaria de frisar, que a vida em harmonia é o único método possível de viver com qualidade. Bens materiais e outras bobagens são apenas bobagens (quem escreveu isto?).

Assim como William Wallace, milhares de pessoas andam clamando pelo bem maior que existe: LIBERDAAAAADE!!!! (a versão traduzida desta exclamação é um clássico!!). E, anote mais um ótimo clichê para suas mensagens no MSN: a liberdade começa dentro de nós! Nunca permita que outros idiotas imponham idiotices que você sozinho poderia decidir ou discordar. Reflita sobre as coisas, junte as informações de forma imparcial e faça seu próprio julgamento. Estou te dando a chance de exercer uma das profissões mais respeitadas que existe: seja seu próprio juiz.

Não alimente preconceitos estúpidos só porque todos estão aderindo a ele. Não acredite numa verdade incontestável, apenas porque não é socialmente aceitável que você conteste. Não comece a fumar porque pode aumentar suas chances de se infiltrar em determinado grupo, porque os malandros de hoje são os mal-sucedidos de amanhã. Confie no que você acredita, e não tente convencer outros, apenas respeite que pessoas eventualmente discordam, mas não é por maldade. Não fique pregando suas idéias como se fosse a coisa certa a fazer / pensar, porque você não vai querer tomar esta responsabilidade para si. Cale a porra da sua boca quando não tiver mais o que falar (era o que eu deveria fazer agora, por exemplo...). O silêncio é, na maioria dos casos, a melhor das respostas.

Dr. House (é, aquele...) disse uma vez que não podemos morrer com dignidade, apenas viver com ela. Uma vida digna, na minha opinião, consiste em passar por este mundo, torná-lo melhor de alguma maneira, sobreviver ao caos da humanidade, juntar uma grana, conhecer a maior gama de culturas dos diversos lugares do planeta, ler todos os clássicos, odiar cada segunda-feira como se fosse a última, guardar seus segredos, reservar uma parte de você para o caixão.

Tudo o que sobra de você, no fim das contas, é comida de verme. Portanto, mexa-se e vá se divertir enquanto ainda há tempo. Solte as amarras que te prendem, "seja você mesmo, é tudo o que você pode fazer" (essa frase não é minha). Para o bem e para o mal, quando você mostra a sua essência, você tem que acreditar numa coisa: quem estiver ao seu lado está lá de verdade . E quem não está também. No duro mesmo.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Pronto! Falei.


"- Um título chulo" - sugere você, dedicado leitor. Sobretudo em se tratando de um texto. Mas, "Pronto! Escrevi" é foda, não é? Pois é, também achei.

Pois bem, sabemos que vivemos submersos numa sociedade hipócrita, cheia de não-me-toque´s e com pedigree e regras básicas de coexistência. Quando isso não acontece, temos os desentendimentos. Quando os desentendimentos tornam-se frequentes e insolucionáveis, temos as brigas para sempre. Quando essas transcendem gerações, temos conflitos étnicos e religiosos, dogmáticos e sem o menor sentido. E disso para uma guerra é 2 palito! (cena389: Machado de Assis revive milagrosamente, aprende rapidamente a acessar a internet e depara-se com este texto. Morte súbita.)

Até aí, tudo bem. Já sabemos disso, vivemos com isso e pronto. Mas, o sugestivo título me relembra um bom amigo, que atualmente mora longe daqui. Ela não dormia com aquilo engasgado, o que quer que aquilo fosse. Não! Ele vomitava tudo o que queria, e terminava com a cabalística frase: "Pronto! Falei!". To the good and to the bad, sem preocupar-se com os resultados daquilo.

Mas a verdade é que ele podia. Ele sempre fez isso. Quem estava perto dele sabia que ele tinha esses traços anti-sociais ao extremo. Mas o lado mais ser humano dele é ótimo, e por isso continuamos amigos. Não se trata de uma aceitação inexplicável de uma atitude totalmente inaceitável na maioria dos casos, mas a verdade é que muitas vezes eu repito essa frase. As vezes, é claro, em voz baixa defronte ao espelho, apenas imaginando repetí-la quando no momento necessário.

O intrigante mesmo é que após uma frase dessas, alguma coisa muda. Uma frase dessas não sai impune de forma alguma. Quem disse a frase, estava com algo engasgado, ele precisava botar para fora. E botou. A frase vem acompanhada de alívio por parte do emissor! Mas a gama é gigantesca no que diz respeito ao receptor de tão nefasta e cruel mensagem: "como você pode dizer isso para mim? Para MIM??? "

"- Quando o Neto e o Casagrande subiram o morro com um fuzil, disseram o que disseram e terminaram com o 'Pronto! Falei' só podia dar merda!" - concorda comigo o lendário Capitão Nascimento. Geralmente dá mesmo. Talvez no momento em questão, ouçamos risos. Mas gera uma pulga atrás da orelha, uma desconfiança incômoda. É algo como pensar que há 60 anos, alguém disse para outro alguém: "- Seu nariz é grande e suas cabras cagam fedido! Pronto! Falei." - e essa é a causa do conflito no Oriente Médio. Vai saber, né?

Certo mesmo é que chega uma hora que não dá mais. Você pensa um pouco, aquele pensamentozinho começa a criar vida dentro de você. Começa a te dar coceira. Não é possível controlar esse impulso. Algo tem que ser feito a respeito. É biológico! Físico! Químico! É uma prosopopéia! (tá, não é uma prosopoéia, saco! Uma hora eu acerto.) Tal qual um vômito violento, você põe para fora aquilo que te enlouquecia. Sem pausas, sem respiro, sem vírgula, sem tremas: mas o término é clichê, decorado tal qual um bordão do Zorra Total: PRONTO! FALEI.

Obs: não é com qualquer um, ok? Esteja certo que o que quer que você vá dizer, não seja direcionado a: chefes de gangues de morros cariocas, homens armados, mulheres com TPM, seu cônjuge, seu patrão, o filho do seu patrão, o vizinho do seu patrão, o papagaio do seu patrão, ah, você entendeu, né?

Obs 2: Alguém mais notou que "Zorra" é "Arroz" ao contrário? Não? Então foda-se! Pronto! Escrevi.

terça-feira, 10 de março de 2009

Only Kindness Matters


Este mundo está perdido! Assim dizia Gianfrancesco Guarnieri quando estrelava o vovô Orlando no Mundo da Lua. Onde tudo pode acontecer. Existem algumas frases que fazem mais sentido do que outras, especialmente em tramas dramatúrgicas televisivas: por exemplo, a frase do bom velhinho - que neste caso excepcionalmente não é o Papai Noel - faz mais sentido do que "não é brinquedo nããããão", da D. Jura.

Mas este mundo está mesmo um maldito pandemônio, no duro mesmo. Qualquer microcrise abre espaço para conseqüências desastrosas em todos os cantos do universo. Sabe quanto tá o quilo de arroz em Júpiter? Nem queira saber.

Então, estimados leitores, o que nós podemos fazer para mudar o mundo? E, aceite ou não, o intuito deste blog é sim mudar o mundo. Conforme expressa o título desse texto, retirado de uma canção pop americana produzida por uma bela esquimó estadunidense (do Alasca), no fim das contas, apenas a gentileza é o que importa. Isso me parece cada vez mais incontestável. A gentileza genuína, aquela malandra, aquela com um quê a mais, aquela que não se vê mais por aí: abre mais portas do que um cartão de crédito.

Ainda assim, permanecemos estúpidos e rudes. Vibramos com a destruição, mas não construímos pontes que nos levem a outras coisas, outras pessoas, outras possibilidades. Provavelmente porque este mundo está perdido em megavelocidades. A primeira faz assim: créééééééu, crééééééeú, créééééu (céus, quem escreveu isso? :o). Enfim, contruir uma ponte demora anos, mas destruí-la é simples assim *pléc*. Um estalar de dedos, uma dinamitezinha e pronto. E lotaria estádios!!! Tem gente que gasta dinheiro para ir ver os megacaminhões destruindo carros. E vibram, como vibram.

A diferença entre coisas e relacionamentos é meramente vetorial. Há quem diga que seres vivos são dotados de alma, mas eu implicantemente costumo dizer que seres vivos são dotados de vida. As coisas aparentemente possuem métodos mais sábios de ação e reação.

Exemplo prático: você soca a parede, e ela exerce a exata presão recebida de volta à sua mão, nem um pingo a mais. Já você, aquele cara com alma, recebe uma fechada de um taxista na rua, saca sua bazuca portátil e resolve logo. Não pode.

Por essas e outras, proponho um desafio a todos nós: vamos exercer a cidadania, nossos direitos, nossos desejos, nossas neuras - mas principalmente, vamos semear a gentileza e a concórdia. I believe there´s a hero in all of us (by Aunt May). Exteriorize o seu, ora pois. Apenas nas grandes dificuldades, reconheceremos que os hábitos mais esdrúxulos e arcaicos são os que realmente nos salvam. Nós precisamos de gentileza. NÓS NECESSITAMOS DE GENTILEZA!!!! Depois de tudo o que você fez na vida, ou seja, in the end, only kindness matters. :)

Aqui vai o link da música -> Jewel - Hands

Esse texto é dedicado à velhinha do ônibus de hoje, que mostrou tremenda gentileza e preocupação em tirar o lugar (reservado a idosos) de um jovem que estava estudando. Isso é gentileza pura por parte dela, mas o rapaz só estava fingindo estudar. Mas ele aprendeu uma lição hoje! Eu também. E você?

segunda-feira, 9 de março de 2009

A Bunda

Não foi por derrota. Foi mais por compaixão. Quando veio o paredão eu cheguei a refletir sobre a estupidez de participar de um blog sem participar do blog. Mas isso durou 3 segundos e logo veio o orgulho ferido de um brasileiro ameaçado de exílio só porque não faz brasileirices. Passou.

Depois pensei em uma participação memorável, com um conto dramático, que faria Jackson Antunes morrer afogado nas próprias lágrimas, ou algo polêmico, que me renderia uma ligação do Papa ou do Dalai Lama dizendo "Mas que caralho...!". Mas eu não quis. Ou pior. Não pude. Não foi pra isso que me alistei. Eu nem me alistei. O ponto é: desistiram de insistir. E isso não pode.

Pra comemorar minha primeira postagem, entrego-lhes uma das maiores criações de Drummond para que reflitam acerca das alegrias mais simples da vida e dessa que certamente sempre consegue nos roubar um sorriso.





"A bunda, que engraçada
A bunda, que engraçada.
Está sempre sorrindo, nunca é trágica.

Não lhe importa o que vai
pela frente do corpo. A bunda basta-se.
Existe algo mais? Talvez os seios.
Ora - murmura a bunda - esses garotos
ainda lhes falta muito que estudar.

A bunda são duas luas gêmeas
em rotundo meneio. Anda por si
na cadência mimosa, no milagre
de ser duas em uma, plenamente.

A bunda se diverte
por conta própria. E ama.
Na cama agita-se. Montanhas
avolumam-se, descem. Ondas batendo
numa praia infinita.

Lá vai sorrindo a bunda. Vai feliz
na carícia de ser e balançar
Esferas harmoniosas sobre o caos.

A bunda é a bunda
redunda."

Extraído da antologia "Carlos Drummond de Andrade - Poesia completa".

Vai que
é sua, Bruneca!

Ídolos

Carnaval.

Estávamos eu e um brother de longa data, acomodados em confortáveis cadeiras postadas em uma prainha firmeza, tomando cerveja gelada e fritando sob o Sol. Fomos então abordados por um jovem, vendedor ambulante de CD’s e DVD’s. Acho incrível a gama de produtos que são oferecidos, ininterruptamente, aos freqüentadores destes ambientes, os chamados “banhistas”. E acho todos estes produtos meio duvidosos. Experiências ruins de outros carnavais. Sei lá, pode até ser questão de gosto, mas acho que churros não combinam com areia e um calor de 40º C. Quando era pequeno eu tinha uma opinião contrária, e me dói a barriga só de lembrar...

Bom, como já havíamos escutado todos os CD’s que estavam no carro, decidimos examinar o catálogo do jovem, e acabamos comprando alguns. Claro, todos originais, ora pois!!! Com direito a capinha e encarte, e até Nota Fiscal Paulista. Na volta, decidimos testar a mercadoria, e quase todos funcionaram. Menos o meu dos Beatles, que deveria ter vinte e sete músicas, mas tinha cinco. Deveria ser a versão demo, por isso estava tão barato.

Aí o brother coloca o da Ana Carolina. E ele começa logo com essa música aqui (e vê se assiste, porque deu uma puta trabalheira converter o arquivo).






O comentário que se seguiu foi: “Eita porra, volta essa música aí veio!” (sic). Ao final do CD e após tantas outras frases, que soaram vez foda, vez familiar, tais como: “Ah, quem dera se o dinheiro desse”, ou “Ajoelha e implora o meu líquido” (é, a mulher é do mau!) ela foi proclamada nossa guru.

Mas depois fiquei pensando. Por que aos dezesseis anos o meu guru era o James Hetfield, e agora seria a Ana Carolina? Bom, na verdade não existe uma lista com os pré-requisitos necessários a um cidadão para ocupar o posto de “meu ídolo”. O que a cantora fodona e o famigerado vocalista do Metallica têm em comum, além do fato de cantarem bem, serem ricos e pegarem mais mulher que eu?? E pelos gritos que surgem da platéia dela, acho que ela pega até mais que ele.

E depois reparei nos comentários do pessoal que assistiu ao vídeo no YouTube. Citemos um, ipsis litteris: “Bha cantinho caracas ela canta o que todo mundo tem vontade de dizr mais não dizz muito bommm”. E ela é mulher né?? Vai ver que é isso. Muita gente diz essas coisas, mas não é que nem ela... os Raimundos diziam, mas soava adolescente. Os tais Mamonas e o Falcão também, mas é um escracho. O Wando também, mas.... enfim. Diria que ela canta a um público inteligente, e avesso à hipocrisia. Ela é vanguarda. Manja o Michael Phelps? “enquanto você está indo, eu estou voltando”. (putz... desculpe, é que me escapuliu). Mas é isso aí.

Entretanto, o fato é que demorei muito para postar isso, e hoje ela já não é mais minha “ídola”. Depois do jogo de ontem, sou novamente fã do Ronaaaaaaaaldo.