Tá Perdido? Pergunta, sô.

domingo, 8 de agosto de 2010

Um Domingo Qualquer


Ok, vamos aos fatos. Todo mundo está careca de saber que o dia dos pais, das mães, dos irmãos das baby-sitters, dos contabilistas, dos entregadores de pedidos do Submarino, são apenas datas comerciais com fins meramente lucrativos. E todo esse apelo funciona que é uma beleza. Mas, mesmo ciente disso, tem sempre uma parte de mim que queria sofrer mais do que sofro quando chega no dia dos pais. Só mais um dia. Que acontece todo ano. Segundo domingo de agosto. Um domingo qualquer.

Mas o problema não sou eu. O problema é a mídia. O problema, ou a culpa, é do sistema. É das mensagens de todos os programas, anúncios informativos, e-mails, redes sociais, todo mundo lembrando do dia que eu não tenho mais. Só mais um domingo de agosto. Com sorte, não estarei de ressaca. Hoje, de fato, não estive. Acordei cedo, e por isso dormi cedo ontem também. Fui a uma cerimônia religiosa pela manhã, confraternizamos, o anfitrião fez tudo aquilo que as cartilhas mandam não fazer (irado! Mano! Muito rock and roll!). Ele estava feliz! E não tinha problemas com isso. Alguém poderia ter?

Logo depois passei em casa pra dar uma relaxada, trocar de roupa. E em seguida seguir pra casa da minha irmã, que estava fazendo um almoço para as crianças (com direito a hamburguer e hot-dog na mesma refeição! Meus sobrinhos são carinhas de sorte! :) ). Aí fui lá, conversamos, comemos, discutimos aqueles assuntos familiares delicados. E tudo estava bem. Aliás, tudo está bem. E aí eu estava cansado e vim pra casa. Entrei aqui, dei umas zapeadas nos e-mails e nas rede sociais viciantes dos infernos. Assisti metade do jogo do Parmera - porque o do Curinthia não estava passando. Um parêntese - pode ser esse aqui mesmo ( ) - estou adquirindo uma facilidade incrível de dormir durante os jogos de domingo à tarde. Deve ser porque já passei a minha cota de jogos de futebol da vida nas últimas copas. Ou porque tenho trabalhado demais. Ou porque o campeonato brasileiro realmente dá sono (acho que é esse aí!).

Depois, minha mãe chegou em casa... veio no computador e o blog estava aberto. Ela leu o post anterior e veio me perguntar se eu precisava me internar ou se já tinha passado. " já passou, estava apenas nervoso". Ela riu e foi cuidar das suas coisas. Aí comecei a ver o Fantástico. Fazia muitos anos que eu não via. Porque ou estava fora no Sagrado Conglomerado Sânscrito do Chocolate Quente ou estava vendo o Pânico. Mano! Fantástico é péssimo! Tristeza, drogas, vida bandida, matérias fracas e rasas. Deveriam mudar o horário com o Serginho Groisman, que é bem mais divertido de se ver.

E então não quis mais ver. E eis que chegamos aqui. Tudo isso porque, hoje é dia dos pais. Eu não tenho um. Aliás, eu tenho um. Só que ele não está mais por aqui. E eu queria que nesse dia eu me lembrasse daqueles almoços e longas conversas ou daquele almoço em que... ou aquele outro que... mas não me vem nada. Aqui em casa, o dia dos pais era só mais um dia. Um dia que ele ganhava algum presente e ficava feliz. E a gente almoçava ou sei lá o que a gente fazia. Foram poucos e já faz muito tempo. A questão é que, como eu já disse em algum outro post, eu troco idéia com meu pai frequentemente. As vezes ele responde, as vezes ele só ouve. Mas ele ainda me inspira e me ensina de montão. E é isso. Sem choros, sem dramas. HOJE NÃO! HOJE NÃO! (by Cleber Machado). Hoje não mesmo! :) Feliz dia dos pais, Velho! Se cuida por aí!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

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Esta lá na cartilha. Está lá no manual. Todo mundo parece saber disso. Todos estão felizes em viver assim, e panfletar sobre os benefícios de fazer o que todo mundo faz, como todo mundo. Menos eu. Eu vou nas entrelinhas buscando meios menos estúpidos de satisfazer aos prazeres da carne e da mente, busco um sossego que não há.

Eu escrevo torto em linhas difusas. Eu vejo fogo onde não se ve problema algum. Eu discordo do jeito que as coisas são. Eu quero ver e ir além, eu quero me apropriar do além. Sentir como se as máquinas de chatice, todas as cartlihas e manuais desaparecessem de uma vez. Quero saber do novo, novas maneiras, novas asneiras. Quero cheirar o odor do demérito tão de perto que sairão lágrimas de torpor. Quero magoar a tudo e a todas as convenções, quero que se foda tudo o que for hereditário. Quero que os códigos de conduta de tudo explodam em fogos de artifício de reveillon de praia.

Quero fazer errado, ainda que seja certo. Quero me desconectar da vida e da parte chata, quero as coisas do jeito que eu quero. Só porque eu quero. Quero mergulhar nos abismos da juventude. Quero descontrair um pouco só pra sacanear. Quero ver os outros rindo menos de mim, e mais da puta que os pariu. Quero que meus problemas não sejam resolvidos. Sejam lançados ao fundo do Oceano. Quero nunca mais ter que pensar nada, nem abrir os olhos nem fazer nada com atenção demasiada. Quero descobrir que existe uma verdade inerente a tudo o qeu eu faço. Quero provocar maresias de confusão nas pessoas, quero que os animais ocupem seu lugar na terra. Quero que a terra seja engolida pelos animais. Todos eles, toda ela. Não quero que sobre nada para se preocupar.

Vou partir pro mundo das idéias chatas bagarai, vou discursar sobre o fim do mundo nas próximas horas, vou resolver as pendências com sacarina. Quero grampear as certezas e mandar em 6 vias por fax para a Receita Federal Internacional do Cu, as vezes da uma vontade louca de gritar com o envelope do banco que acaba de chegar. Tanto pra pagar, tão pouco para que? Paraguaio! Não quero mais me entorpecer de álcool, mas sim de clipes. Quero ouvir todas as piores músicas, apenas para ticar a lista do Outlook que comanda todos meus atos. Quero passar mais tempo com as crianças e esquecer um pouco das regras de conduta de filho da puta que a gente tem que engolir. Quero saber cada dia menos, quanto mais menos. Quero menos de tudo até que não sobre nada em lugar algum. Quero sumir desse antro de gente doida e voltar pro mundo daonde eu devo ter saído. Deve existir algum lugar do universo cheio de mim's. Lá, sou amigo do rei. Lá, nada me impediria de ser eu mesmo e seguir adiante. Sem normas, sem coisas que são assim porque são. Lá, racionalizações são a verdade. E a verdade, portanto, é apenas uma mentira que você cria e é tão boa, mas tão boa, que até você mesmo acredita.

Lá, naquele lugar, meu time é sempre campeão, vice e terceiro. Lá, ganhamos todas as medalhas e a única frustração é a falta de frustração. Lá, as coisas aparecem e se vão na velocidade do pensamento. Lá, a rádio toca o que você quer, na hora que você quer. Nesse lugar, do pico da onde eu vim, pessoas acreditam e foda-se. Ou duvidam e foda-se. Ou fogem e foda-se. Ninguém precisa, além de se fuder, quando se fode, aguentar o contrato da cartilha de filho da puta que rege o mundo. To the good, to the bad, to the ugly.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

E na hora do almoço...


- Fala xará, tudo certo?
- Tudo bem patrão. O que vai hoje?
- Costela.
- Tem suína e carnina.
- Tem o quê????
- Suína e carnina. E aí, qual vai?
- Pensando bem, como é que está a maminha hoje?

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Analfabeto Visual




Olá meus queridos e caros leitores. Acabou a Copa, o Brasil se deu mal então acabou os motivos pros motivos festivos brazucas do blog. Então, resolvi mudar o layout. E foi então que cheguei à conclusão: eu não sei fazer isso. Mesmo. De verdade.

Depois de perder algum tempo tentando fazer do Blog a coisa mais chamativa possível, acabei aceitando um layout pré-fabricado (o primeiro que apareceu na minha frente) e pronto, acabou. Até mesmo porque, esse é um blog intensamente de conteúdo e a imagem não faz diferença alguma.

Leiam e diviram-se. Imagem não é droga. Pratique.

Att,

A Direção