Tá Perdido? Pergunta, sô.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O (velho do) Cartório


Salve, salve amigos leitores...


Logicamente, algum dia vocês pegaram-se pensando: puxa, como será que funciona o cartório?


Bem, vocês me pegaram num bom dia, por isso vou responder a vocês da melhor maneira possível. A instituição "cartório", a despeito de "um bando de filho da puta que consegue cobrar dé real por uma fotocópia e não ficam nem vermelhos" que é a visão óbvia do público, é um local mágico, dotado da maior importância que o mundo capitalista designou: eles guardam coisas velhas. E dão fé! Coerente ou não, o cartório anda dando mais fé do que as igrejas e a política. Sinal dos maus tempos, eu presumo.


Embora a tecnologia tenha avançado 10 anos no último mês, (nem me olha assim, foi o Gessinger q escreveu isso...), o singelo cartório continua trabalhando do jeito antigo, o clássico. Mas isso não vai durar por muito tempo. Conheçam agora, A Lenda do Velho do Cartório.


Era uma vez, numa terra distante, um jovem garoto com TOC (Transtorno Obsessivo compulsivo). Para sua grande tristeza, essa síndrome só seria diagnosticada e catalogada no CID 10 alguns séculos adiante. Mas ele tinha necessidade obscena de manter tudo arrumado. Em Ordem alfabética. O que ocorre é que na Idade Média isso não era muito bem visto pela sociedade. Assim, passou quase a vida inteira na torre de um dos Feudos da Igreja, organizando publicações proibidas. Você, caro e atento leitor, deve estar perguntado: "mas pra que organizar documentos proibidos? Ninguém pode ler!!!". Sim, é verdade. Contudo, Carter Websley era feliz por ter conseguido conciliar sua estranha doença com alguma utilidade para aquele bem maior, que era a prosperidade da igreja. Carter morreu de velhice, e demoraram um bocado pra descobrir... mas deixou um legado inavaliável: os cartórios.


E desde essa data, os filhos de Carter e seus descendentes espalharam-se pelo mundo, arquivando, reconhecendo, cobrando caro, e tranquilizando todos os alicerces da sociedade capitalista. Não existem muitos agora, mas ainda funciona do velho jeito:


Cena 1: O balconista do cartório recebe um documento para reconhecimento de firma e semelhança:

Balconista: - Oh, velho!!!! Velho, ACORDA!!!

Velho: - Hein???

Balconista: - Essa assinatura está certa, você reconhece?

Velho: - Huuuuuum. Essa é uma cena bonita de se ver. O velho olha para o papel, ajeita o óculos. Vira o papel pra cá, vira o papel pra lá... e diz: - Sim.

Balconista: - Aff. São uns chulos mesmo. Não reconhecem a importância do Velho do Cartório.


Bom, em breve retornaremos com mais contos do Velho do Cartório. Mas comece a notar, se por ventura você for visitar um desses famigerados lugares, que sempre existe uma portela, um sótão, algum lugar onde guardam a mais fantástica figura mítica do mundo moderno capitalista: O VELHO DO CARTÓRIO!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Eu prefiro melão


Diante de todas as frutas, verduras e legumes que existem na face vegetal da terra, a terra arada, a terra que só encontramos no Brasil, aquela com aquele balacobaco, aquele telecoteco... eu prefiro melão. Do Oriente Médio. Conhecimento de causa mesmo. Os melões que aqui gorjeiam não gorjeiam como os de lá. Deve ter alguma relação com a guerra.

Em verdade, eu gostaria muito de ter algum assunto assaz suficiente para dar início a essa grande empreitada da minha vida cibernética.... mas falta inspiração. Ou sobra fome, motivo pelo qual resolvi começar o blog estipulando o invariável: EU PREFIRO MELÃO! E do Oriente Médio.

Faça-se saber nos autos, portanto, que em um momento sublime um habitante do hemisfério Sul da América, o Novo Mundo Epifânico da Idade Média, lembrou-se com carinho de semelhante fruto da terra. E houve o melão.