Tá Perdido? Pergunta, sô.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Ensaio Sobre a Insônia


Frente ao padecer serene de mais um dia, o incontestável eventualmente parece desejar a obstrução: não há demônios suficientes no inferno que me façam dormir facilmente quando chega a noite.

É uma breve mistura de sensações e sentimentos. Começa um pouco antes do que costumam chamar de "hora de dormir". Fica sempre aquela dúvida estranha, aquele desdém malandro. Uma ode à "Raposa e as uvas" - não queria dormir mesmo.

Mas chega uma hora em que dormir é necessário, não pela noite enquanto marcador temporal, mas o temor do dia seguinte e as obrigações que sempre têm data e hora para ocorrer. Assim, quando chega o momento que transcende a birra estúpida, é hora de ir deitar.

Parece um exercício facil aos olhos de leigos no assunto, mas é a hora mais desesperadora que há na terra. Você começa a pensar nas coisas do dia, o que foi feito, o que foi deixado para o dia seguinte. Então, o dia seguinte parece entreter mais do que a possibilidade do descanso merecido. Creio ser uma questão de provisões diversas. Dormir fica parecendo coisa de gente vagabunda, a despeito da obrigação moral e cívica de repousar de 6 a 8 horas diariamente.

Dá-se a vez então à famigerada fase 2: o desenrolar do casulo. Vira o corpo para lá. Agora para cá. Talvez deste lado. Não, o outro lado. Deve ter algo bom na televisão *click*. Nada de bom na televisão *click*. É hora de mais um cigarro. Mas eu não tinha acabado de escovar os dentes? Ora, para o inferno com minha higiene bucal. Aos alvéolos, ataquem!!!

Mais uma enxaguada, o hálito fresco, e os olhos mais abertos que nunca. Parece uma manhã risonha de outono, mas é meio da noite de um dia comum no meio da semana. Amanhã o compromisso é cedo, e começa a fase do desespero moral. EU PRECISO DORMIR!!! Um dos pecados capitais, este de reconhecer uma obrigação física fracassada. Faz uma broxada parecer um piquenique. Enfim, é hora das medidas alternativas. Quem sabe um copo d´água não dá uma forcinha, né? Ou um leite quente? Ainda se eu morasse na fazenda, e o leite quente representasse uma ordenha, corte de lenha, e outras atividades físicas eu me cansaria e, com alguma sorte, lograria algumas horas de sono profundo. Mas não é o caso, e assim...

É hora da solução final e definitiva: são quase 3:00, agora é tudo ou nada. Dirijo-me ao fiel companheiro, o exclusivo e infalível sofá da sala. Mais um click, o timer ligado, e o sono vem aos poucos, quase que concomitantemente com a aurora do dia próximo. E haja paciência e força de vontade para acordar: foi tão, mas tão difícil dormir... alguém mais acha que me acordar é quase crime doloso? Meu despertador com certeza não. E minhas obrigações diárias também concordam. *suspiro*

É hora de mais um dia. A parte intrigante é que eu durmo com a maior facilidade, cerca de uma hora com pequenos intervalos para acionar o "sleep" do despertador nessa primeira hora da manhã. É revoltante. Talvez eu devesse tentar colocar o despertador para dormir, e não o contrário. Minha vida são só contradiçoes. Que puxa!

Eu por mim não dormia nunca. Acho mesmo uma perda de tempo. Mesmo no fim de semana, não sou daqueles que dormem 14 horas num dia. Fico feliz ao extremo quando dou conta de dormir mais de 9 horas ininterruptas. Mas tudo bem. Acredito que cada pessoa nasce com alguma dádiva, e a minha eu devo ter pedido em espécie. Também não veio tudo o que eu pedi ainda, mas vamos chegar lá.

E agora com licença, porque é carnaval e está chegando a fatídica hora da fase 2. Bons sonhos!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Aviso da Moderação


Os 2 bonitões que ainda estão no paredão tem até o fim do mês para postar qualquer porcaria nesta bodega, pois a moderação está um tanto de saco cheio de esperar as pérolas que ainda hão de vir.

No mais, é isso. Corra, Forest!!! Corra!!!!

Aproveitamos para prover ao dedicado Sr. Mani Moreira respostas positivas by skinner para que ele continue escrevendo! Boa filhão! * soquinho no queixo *

Feliz Carnaval. Muito axé para vocês.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Barbieri Del Capo

No último final de semana, fui parar em um lugar excepcional, sobre o qual me sinto na obrigação de comentar. Bom, não sei qual a reação da moderação frente a postagens fúteis que façam publicidade sem retorno financeiro (ao menos para a moderação), mas realmente preciso falar deste lugar. Talvez por não ter nada mais sobre o que falar, mas enfim...

A questão é que eu precisava cortar a barba. Não apenas “tirar”, mas “fazer”. Manja? E você pode pensar que isso é algo simples, que qualquer marmanjo deveria saber fazer sozinho. Eu também pensava, mas só que não é bem assim. Existem ferramentas adequadas e altamente tecnológicas para “tirar o excesso” de barba. Fazer o contorno é fácil, mas ela precisa ficar “ralinha”, sabe? Tipo a dos atores globais que viviam na Itália do início do século passado, mas conseguiam este efeito. Pois é, gosto de deixar a minha do mesmo jeito, senão ficam me chamando de Renato Russo por aí, e não existe nada que me irrite mais do que isso. A não ser quando confundem meu nome e me chamam de Leonardo. Não sei por que inventaram este nome. Whatever.

Bom, a outra questão é que atualmente encontrar alguém que faça barba, um barbeiro no “old style” é difícil. Só existem cabeleireiros e cabeleireiras. E o curioso é que eles parecem ofendidos se indagados sobre isso. É como se perguntar “Então, mas você faz barba também?” soasse para eles como “Então, mas você faz programa também?”. Geralmente dizem que não bem alto e fecham a cara. A parte boa é que param de puxar papo, e eu posso cochilar em paz depois. Coisa estranha isso.

E eu, em minhas recentes andanças sobre um bairro nobre de um município da região oeste (este mesmo), já tinha passado os olhos sobre este estabelecimento. O nome já é atrativo “Barbieri Del Capo”. Naipe né? Já tinha me chamado a atenção pelo nome, os móveis, e os quadros legais de caras topetudos e estilosos, tipo o Elvis e o James Dean. Era um lugar pra homem, lá não tinha cabeleireiro. Como anda difícil mesmo achar um lugar mais simples que faça barba, arrisquei.

Aí você mal chega e é recepcionado por alguém que não está com cinco chicletes na boca, e não pergunta simplesmente “cortar né??”. Perguntaram meu nome, se anda tudo bem comigo, se tenho preferência por este ou aquele profissional, me disseram o tempo aproximado de espera e enquanto eu sentei em um aconchegante sofá me ofereceram água ou um expresso. Caraio! Nunca me imaginei tomando um café no mesmo lugar onde cortaria a barba.

Enquanto esperava reparei melhor na decoração, e vi outros quadros com fotos em preto e branco de belas cidades, reparei que na hora da lavagem os cabras recebiam uma verdadeira massagem que durava um tempão, reparei que todos os clientes usavam relógios que valem mais que minha casa, reparei na estante enorme com produtos refinados (sem serem afeminados), nas garrafas de Whisky (vai ver não me ofereceram porque ainda era cedo) e comecei a me perguntar quanto pagaria por esse bendito corte de barba, que eu deveria fazer sozinho. É, agora eu também já achava que deveria fazer isso sozinho.

Já estava pensando em uma desculpa para levantar dizendo que ia pegar qualquer coisa no carro (eu estava a pé) e sair correndo dali, mas resolvi ficar. Foi quando vi as revistas que o estabelecimento possuía a disposição dos clientes para serem folheadas enquanto esperávamos nossa vez, saboreando aquele delicioso café expresso que me custaria duas semanas de trabalho. Olha só: VIP, Sexy, Quatro Rodas, Playboy, algumas com “business” no nome e até quadrinhos do Maurício de Sousa. Isso sim é que é atendimento VIP hein? Mas resisti à tentação de “ler” a Playboy do mês lá na frente de todo mundo. Vai que eles tenham uma taxa extra para “clientes que têm ereção durante o tempo de espera”. Vai saber né.

Bom, quando chegou minha vez fui atendido pelo brother que parecia ser o dono (era o maior topete). Depois de uns vinte minutos, cremes com fragrâncias espetaculares, uma navalha capaz de cortar o tronco de uma sequóia, toalhas aquecidas e os caraio, lá estava eu com a barba mais perfeita que já havia ostentado. Um espetáculo! Se cruzasse com a Alessandra Negrini naquela hora ela pularia no meu colo. Após receber um cartão do local, um tapinha nas costas e aquela coisa toda, era hora de ver quanto havia custado a brincadeira. Quando a “mocinha” do caixa, que mais parecia uma passista da Vai Vai me deu a notinha, tive falta de ar, tudo ficou escuro e...

Hoje, cinco dias depois, ainda estou aqui. Lavando as xícaras dos clientes para terminar de pagar minha conta, já que hipotecar a casa não foi suficiente. Então, se você vier aqui diga que foi por causa da postagem que eles vão eliminar mais alguns reais da minha conta. Só espero poder sair antes do carnaval.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

No Sexto Dia


No sexto dia, criou-se o homem para amá-lo e respeitá-lo até que a morte os separe. E ele jurou amá-lo e respeitá-lo, na riqueza e na crise mundial pior que a de 29. E jurou não trair seus atos, não superaquecer o mundo e não fazer cagada atrás de cagada. Mas é preciso mais do que um juramento para controlar o espírito baderneiro, taradinho e anarquista (salve D. Iracema!) do homem.

No vigésimo sexto dia, o homem subverteu o Criador, comeu do fruto proibido, a fruta proibida e um bolinho amanhecido da Tia Anastácia (salve Lobato!) que fez um mal danado. Não foi nada comparado às mazelas da vida dentro do mundo. Pergunta valendo ponto: o Paraíso ficava no final da Paulista ou em algum outro local não conhecido? E mais uma, essa questão de prova: qual a função do Branco Melo no Titãs? - especialmente para a profa. Arlete, se era esse mesmo o nome. Não sei nada de neuro, mas repito essa frase quase todo dia. Deve ser porque ainda não descobri a resposta.

No centésimo sexto dia o homem fez tanta merda, mas tanta merda, que entupiu todas as privadas (não eram como as de hoje). Foi preciso uma descarga - "Diluvium Maxis" - de 40 dias e 40 noites para limpar tanta sujeira (confesso que estou realmente dando risada desta analogia...). Não vou dizer que não deu resultado, mas acho que não deu para limpar tudo ainda...

No décimo milésimo centésimo sexto dia, Colombo arranjou uma amante e a coisa tava feia para ele. A mulher não perdoava de jeito nenhum. Aí ele descolou uma dessas viagens suicidas, parecidas com a Legião Estrangeira, para ir até o extremo do mundo quadrado. E ele descobriu do pior jeito que o mundo era redondo e haviam novas terras no ocidente. Espera um pouco: O cara descobriu a América, ela existe, fuderam e deterioraram ela quase inteira, e só o que importa é o que a União Européia e a China decidem e ainda acreditam que isso existe? Não dá pra acreditar no Google Maps só porquê é de graça. E se o Google estiver só brincando com vocês? Hein??? (brincadeira, sério, sério, seu Google.. não apaga meu Blog não! :D ). Enfim, Colombo se fudeu ainda mais, com umas nativas do novo mundo, e resolveu trocar a esposa por uma dessas. Depois voltou cheio de louros, fama, riquezas e reconciliou-se, ou assim contam os filmes e minha mente insana.

No 107.856º (muito difícil) inventaram a arma de fogo. Justo nesse momento, ouviu-se um estrondo dantesco e medonho vindo do céu. O som era claro como um trovão, embora não o fosse: era o som de uma palma de mão na testa, fazendo cara de desgosto e pensando: "Agora fudeu". Quem sabe, sabe. Fudeu.

Desde este infausto dia, a subversão, escravidão, assassinatos, e todo o bando de peculatos reincidentes do mundo só fez piorar. E armas de fogo para cá, para lá, bum, kabum eshcatablum, e aí veio Einstein, no xxxxxxxxx6º dia. Um cara bacana, meio doido, que acabou inventado a porra da bomba atômica, e deu merda de novo.

O resto vocês já sabem, mas a moral do conto é simples, polêmica, absurda, preconceituosa, atéia, infiel e me levará ao inferno pela highway (infinita highway? Wow! Era isso que ele queria dizer??? Caraca, mané! Que epifania, hein? Por essa vocês não esperavam, hein? Hein? Hein?).
E no sétimo dia, ele descansou. Porque criar o mundo, o céu e a terra, o oceano, todos os outros animais e o resto todo é moleza. Mas já sabia o que estava por vir, e quis dar uma relaxada por que haviam de vir uns milênios bem cansativos para ensinar a lição certa. And life still goes on...

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

“Feliz Recessão Nova!”

Este foi o título dado a um artigo assinado por um texano, “President & CEO” de uma empresa especializada em equipamentos para perfuração de poços de petróleo, capa de um catálogo de máquinas deste setor que foi arremessado sobre minha mesa semana passada. Sabia que nos Estados Unidos são perfurados aproximadamente 50.000 poços para prospecção de petróleo, por ano? Huuuum. No Brasil foram perfurados 23.000, desde que se começou a procurar, até hoje. Ah não, não... relaxa. A comparação foi feita apenas para mostrar que somos mesmo o “país do futuro”. Do futuro.

Mas enfim, o artigo tratava da crise. Essa palavra tem sido bastante usada nos últimos tempos não é? Crise, crise, crise. Bom, o sujeito fez alguns comentários sobre a necessidade de não permitir que nossas mentes entrem em recessão juntamente com a economia (não me xinguem, foi ele que escreveu isso...), fala sobre a necessidade de mantermos um pensamento positivo mesmo nas piores horas (isso deve ser influência de “O Segredo”) e outras coisas não menos desesperadas. Mas tem um trecho que eu achei interessante: “Grande parte de nossa economia é baseada em pessoas comprando coisas que elas não precisam com dinheiro que elas não têm, uma postura altamente reforçada pelos meios de comunicação e pelo crédito fácil”.

É filhão! Agora é hora de arcarmos com a conseqüência de nossos atos. Sim, sim... começou lá mas está alastrando pelos quatro cantos. É a tal globalização não é? Ouvi dizer os russos só ficaram sabendo do descobrimento da América oito anos após o fato. Outro dia fiquei sabendo, alguns minutos depois do fato, que um garoto australiano tinha invadido um zoológico e matado alguns répteis com uma pedra, e jogado outros para um crocodilo. E que diabos me interessava saber disso? Não sei direito... só sei que se ontem “o bater das asas de uma borboleta num extremo do globo terrestre, podia provocar uma tormenta no outro extremo no espaço de tempo de semanas”, hoje um piriri de um operador da bolsa de Tóquio pode causar a demissão de um metalúrgico no ABC.

Mas no final das contas, não creio que haja muito no que se preocupar (a não ser com este garoto australiano, eu hein??). Eu, em meus vinte e poucos anos de vida já vi outras crises, aliás, estive bem perto de algumas, vi o dólar valer quatro reais, vi uma inflação de 2.708% ao ano, vi o Corinthians ir pra segunda divisão, entre outras coisas. E cá estou. Nietzsche disse que o que não nos mata, nos torna mais fortes. Eu concordava plenamente, até ouvir o Coringa dizer que o que não nos mata, só nos deixa mais estranhos. Então, desencana. Vamos passar por isso (lembre-se do pensamento positivo!!!!) e no final, estaremos apenas mais fortes. Ou mais estranhos. Ou talvez mais pobres. Mas aqui estaremos.

P.S: esse blog está muito sério, parece o Bom Dia Brasil. Sugiro que o próximo autor não aborde geopolítica, nem economia, essas coisas. Fale do Desfile das Escolas de Samba. Ou de algo que o valha.

P.S2: não coloquei figura porque não quis, não é o caso de não saber!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

BBB - Big Brother Butecodesegunda


É isso aí! Em mais um gigante episódio de tirania e abstração total de direitos, a moderação resolveu em seu conselho (do qual fazem parte: Eu, Eu Mesmo e Irene) que este Blog é pequeno demais para nós 4. Um vai ter que sair!!!


Então, apenas comprovando o total desleixo e falta de consideração dos autores que deveriam escrever aqui, o último a postar será eliminado. Sempre lembrando que, no caso deste singelo conselho perder a paciência esperando vocês postarem, eliminações serão constantes, dolorosas e vergonhosamente explícitas.


Se algum de vocês for claustrofóbico (BICHA!), para sair do Blog basta postar um texto com o seguinte título (deixar em branco o texto): MORRI, TÔ FORA!!!


Sem mais, agradecemos a atenção dispensada e tenham uma boa vida.


Conselho Administrativo do Butecodesegunda

Obs. Relevante: Como assim vocês não tinham notado que o Leandro agora também participa??? O fim do mundo!!! O horror, o horror!!!! Seus, seus.... Graufht!!!!