Tá Perdido? Pergunta, sô.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Toca Raul!!!


Eu não toco Raul.



Raul Seixas é brilhante! Vamos aos fatos:

  1. Ele não era bonitão;

  2. Não falava coisas agradáveis de se ouvir;

  3. Tinha uns ideais bixo-grilo (oh, expressãozinha senil!!!) que devem ter amedrontado velhinhas indistintas;

  4. Usava barba e não era rabino

  5. Cantava mal.

E, ainda assim, após 20 anos de sua morte, jovens que nem sequer tiveram a oprotunidade de coexistir com ele ainda clamam o clássico "Toca Raul!".

O que ocorre é que na fabulosa ordem de músicos amadores e profissionais, todos os chavões tornam-se praticamente proibitivos. Tocar Raul após gritos indistintos que o peçam, é nada mais do que ceder à pressão da mídia. E os músicos são against, eles tem alma própria, eles não precisam disto. Precisam sim.

A banda Pedra Letícia (muito criativos os rapazes) fizeram até uma canção com nome "Eu não toco Raul". A letra tem como serventia maldizer esse gênio contemporâneo do Rock Nacional, embora eu não acredite no conceito de Rock Brasileiro. O refrão da música é o seguinte:

" (...) Eu não toco Raul, ces me desculpem, eu acredito quando você diz que ele é legal

Eu não toco Raul, ces não me culpem, a banda preza pelo estilo Sidnei Magal (...)"

Magal??????? Arght!!!! Eu prefiro melão. Do Oriente Médio. Mas isso é outra história.

Bom, mas resumindo, o que esse texto procura dizer é que, embora a maioria dos músicos tenha um preconceito descabido às canções proféticas e destemidas do velho mago, eu não toco Raul pura e simplesmente porque eu sou um músico against. No fundo, eu gosto pra caramba e deveria fazer um show inteiro só tocando Raul Seixas. Daria pra fazer um duplo ao vivo, sem repetições, tamanhos são os sucessos do distinto bruxo da Bahia.

Assim,eu admiro Raul. Mas não toco. Se me perguntassem, deveriam fazer as mesmas alusões a uma porção de outras bandas lixo do "Rock" Nacional. Tipo, Toca Capital! Toca Engenheiros! Aquela do paralamas! Aquela do Legião. Arght!

Eu prefiro Beatles. E melão do Oriente Médio. Mas isso já é outra história.

sábado, 4 de outubro de 2008

A Gente Somos Inútil




Ô-pa. (ôpa é talvez uma das palavras mais versáteis da nossa língua, em breve escreverei mais acerca dela).

Nós somos todos inúteis. Sério, sério. Apenas em função da sociedade antropocentrista, nós fazemos sentido. Pergunte a qualquer outro ser vivo não-humano, e ele há de retratar com clareza a função dos humanos nesse mundo que é de quem chegar primeiro.

Bom, atualmente somos o que trabalhamos, certo?

- Olá, meu nome é Fulano e sou torneiro mecânico. Pretendo ser presidente em breve.

Já parou para pensar o quanto suas atividades laborais são inúteis para manutenção e continuidade do mundo?? Hein? Hein? Infelizmente, terei que citar Raul Seixas (eu não toco Raul, mas posso citar, certo? ;) ) "E você ainda se acha um doutor, padre ou policial que está contribuindo com sua parte para o nosso belo quadro social...".

Dentre todas as profissões, as exatas são as piores possíveis. Inventar a matemática (ela não tem sentido nenhum) já foi bobagem, mas incrementá-la e torná-la cada vez mais elaborada, difícil e incompreensível é uma cagada imperdoável. Fechamos então? O mundo não precisa de matemática.

Biologia é importante? Pouco mais do que a biblioteconomia (o Velho do Cartório que me desculpe). De que vale catalogar e dar nome a tudo que é criatura, além de enfatizar debates intermináveis e arcar com a guerra e o caos divino? Pior que isso só a medicina.

Deixe explicar... Darwin foi um ser superior. Ele sabia o que falava.. deveriam tê-lo escutado. A medicina é a maior afronta a Deus desde o bezerro de ouro no Egito. Uma ferramenta macabra e humana que serve para desmoralizar o poder divino de controlar o tempo de vida da gente. Ou, segundo Darwin, a medicina é uma ferramenta que afeta completamente a lei do mais forte. Coexistem então os mais fortes e os mais fracos... resultado? Super-população, discrepâncias fulgázes, guerras civis, miséria e a fome. Culpa de quem? Minha? Sua?

So, making the long story short... Não leve sua vida tão a sério. Principalmente seu emprego.. valoriza tua familia, aqueles bons momentos, aquele cigarro... curta a vida. Não esqueça que o trabalho não é muito mais do que uma ocupação que todos precisam ter. PRECISAM!!! Mas as coisas que você faz, de fato, não tem serventia alguma e ainda são nocivas ao mundão nosso.

Eu, que sou um grande defensor desse nosso mundão, praticamente um ativista, acho que felizes são, efetivamente, os peixes e os mendigos. E não vou explicar isso.