Tá Perdido? Pergunta, sô.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Sign of the Times


É como já reclamava a Elis Regina Caput Belchior. Que a dor dela era perceber que apesar de termos feito tudo, tudo, tudo, tudo que fizemos... ainda somos os mesmos, e vivemos como nossos pais. Couldn´t agree with them more.

Nesse sábado estávamos num barzinho, cujo objetivo era reunir pra galera distribuir os convites do casamento, que sim, eles irão se casar (como nossos pais). No meio de tudo isso, uma moça cantarolava canções não-muito-modernas. E nós aprovamos isso, porque a geração da minha idade que cresceu na década de 90, curte isso. Músicas da década de 90. E da de 80, porque éramos crianças, mas já tínhamos ouvidos.

E aí por esse arredores, conversamos sobre o VMB, que passou há alguns dias. E que teve 5 prêmios para o Restart. Que são uns moleques franzinos e feios que se vestem mal pagarai e cantam igual mariquinhas. E eles ganharam os prêmios com eleições democráticas, já que é tudo pela Internet. É, aparentemente, é disso que o povo gosta (na minha época era de gols, mas enfim...). E aí haviam também apresentações ao vivo, até uma atração internacional. "Ok Go". Já ouviu falar? Eu não. E ainda disseram que era um dos clipes mais legais do ano. Aí eu procurei no youtube e vi que eles ficavam fazendo acrobacias em esteiras rolantes em diferentes posições. Sei lá, quando eu gostava muito de clip achava legal os do Guns, que contavam micro-epopéias. Ou as estranhezas do Soundgarden, ou algo assim. Mas não, agora tudo tem que ser fitness. (vão pros infernos!).

E aí, falando sobre isso, me lembrei de uma outra listagem bacana, do TOP 40 das paradas da Bilboard desde sempre. Então, peguei a partir dos 90´s, que é minha época. Conhecia tudo! Tenho os discos, gravei fitas com essas músicas. Tudo, tudo, tudo, até 2002. Eu conhecia tudo. De repente, aparecia alguma coisa do U2... Papa Roach... ér... de repente, eu que sempre sabia de tudo, não conhecia mais nada. Nos anos 90, a Bilboard só tinha Rock and Roll. Depois virou tudo dance and Black. Culpa do Timbaland. E culpa minha. Mas, principalmente, culpa do MP3.

Muita coisa que eu conheço e gosto, conheci ouvindo a 89, a 97, a Brasil 2000. Sim, todas eram rádios de rock. Mas principalmente eu conheci na MTV. Haviam programas diariamente que passavam clipes na emissora, acredita? Eu ligava pro Disk MTV! Eu pirava no Teleguiado do Cazé (tanto que fui entrevistá-lo pro jornal da escola. Sou famoso, me amem). E conheci um monte de coisas. Outros amigos me mostraram coisas que não passam muito na TV, como o Metal. E eu aprovei e absorvi o metal. E, de repente, veio o MP3, e todas as rádios viraram a casaca... e eu parei de ouvir rádio. Quando ouço, é a Kiss que só toca clássicos. Nada novo. Então, eu parei de conhecer coisas novas. A última banda que ouvi na rádio e que virei fã, foi o System of a Down (lá por 2003). E depois disso... muito, muito pouco. Stereophonics graças ao Winning Eleven e... e... e... Nada mais. Mesmo. Ou eu me fechei pra conhecer e gostar de coisas novas, ou isso é uma coisa cíclica mesmo.

Quando eu ouvia Maiden no quarto, meu pai brincava e dizia que " o menino aí deve estar com uma baita dor de barriga, ? Olha como urra...". Eu ficava puto. Parecia que tinha xingado minha mãe. Talvez seja isso que sinta um jovem quando ler o que escrevi sobre o Restart. Ou talvez não. Mas meu pai gostava de umas rockeiras! Creedence, Beatles... essas coisas atemporais. Ele dizia que gostava do Led Zeppelin quando era cabeludo (yes, ele era). Quando comprei um CD do Oasis, falei pra minha mãe que "parece Beatles". "Beatles? Depois da feijoada, ?". É, mais ou menos isso.

Enfim, meio que chegamos nisso. Que estamos ficando velhos. E dizendo que "no meu tempo as músicas eram muito melhores". Mas não é a música que piora, são as pessoas. Elas que pioram tudo. (Do mesmo sentido de armas não matam pessoas, pessoas matam pessoas). Sei que agora tenho um CD com vários MP3 que ouço no carro. 5 dias, 4 horas e 30 minutos de música aqui no micro. Todas ótimas! Todas memoráveis! Todas insubstituíveis. Nossos ídolos não são os mesmos, e as aparências ficam cada dia mais confusas. Mas eu digo, que depois do System of a Down, (pode até ter aparecido) mas eu não vi mais ninguém. E de algum jeito estranho e místico, não somos nem perto de ser os mesmos, mas vivemos como nossos avós.

7 comentários:

Anônimo disse...

fala Daniel!! Consegui comentar..heheh massa!!fã..rsrsr bjaum, raq

Leandro disse...

Pois é xará... outro dia me peguei discutindo com meu sobrinho sobre quem era melhor Metallica ou... ou... não lembro o nome de quem ele estava defendendo ! Mas era uma bosta !!!

O legal é que meu outro sobrinho outro dia veio e me disse que Unforgiven é sua música favorita ! (era a minha também nessa idade... com lágrimas nos olhos).

As coisas boas são atemporais, ao que parece. Bom gosto também. E o mau... e... chega.

Yellow disse...

Raq! Obrigado! E volte sempre!

Mani... vc sempre tenta provar que o Metallica é melhor... mas não é. 2 words! I-R-O-N- M-A-I-D-E-N! hahahah

Braaaaaax!! Manda um salve pro pajé!

Angelita disse...

Pois, nesse último sábado, também estava num barzinho onde rolava exatamente o mesmo papo: como pode tipos como “Restart” e “Justin Bieber” fazer tanto sucesso?
Mas, no caso, o gancho foi puxado pelo próprio vocalista da banda - que toca rock clássico com um pouco de jovem guarda – dizendo que, por isso, nem ligavam de ter o som deles tachado de “música de/para velhos”.
Mesmo não me identificando exatamente com tudo que foi dito no texto, também tenho essa certeza de estar ficando velha. Mas, olhando por esse lado, nem é tão mau assim, vai!

“Sou famoso, me amem” hahaha

Beijo, querido!

Yellow disse...

Não, nada, nada mau... sempre poderia piorar! Beijao!

Leandro disse...

Já ouviu o último do Iron? O que achou?

(quero ver ser sincero agora, fanfarrão).

Yellow disse...

Achei tão ruim qto o ultimo do Metallica! Sinceramente. (a)

Rá!