Tá Perdido? Pergunta, sô.

terça-feira, 10 de março de 2009

Only Kindness Matters


Este mundo está perdido! Assim dizia Gianfrancesco Guarnieri quando estrelava o vovô Orlando no Mundo da Lua. Onde tudo pode acontecer. Existem algumas frases que fazem mais sentido do que outras, especialmente em tramas dramatúrgicas televisivas: por exemplo, a frase do bom velhinho - que neste caso excepcionalmente não é o Papai Noel - faz mais sentido do que "não é brinquedo nããããão", da D. Jura.

Mas este mundo está mesmo um maldito pandemônio, no duro mesmo. Qualquer microcrise abre espaço para conseqüências desastrosas em todos os cantos do universo. Sabe quanto tá o quilo de arroz em Júpiter? Nem queira saber.

Então, estimados leitores, o que nós podemos fazer para mudar o mundo? E, aceite ou não, o intuito deste blog é sim mudar o mundo. Conforme expressa o título desse texto, retirado de uma canção pop americana produzida por uma bela esquimó estadunidense (do Alasca), no fim das contas, apenas a gentileza é o que importa. Isso me parece cada vez mais incontestável. A gentileza genuína, aquela malandra, aquela com um quê a mais, aquela que não se vê mais por aí: abre mais portas do que um cartão de crédito.

Ainda assim, permanecemos estúpidos e rudes. Vibramos com a destruição, mas não construímos pontes que nos levem a outras coisas, outras pessoas, outras possibilidades. Provavelmente porque este mundo está perdido em megavelocidades. A primeira faz assim: créééééééu, crééééééeú, créééééu (céus, quem escreveu isso? :o). Enfim, contruir uma ponte demora anos, mas destruí-la é simples assim *pléc*. Um estalar de dedos, uma dinamitezinha e pronto. E lotaria estádios!!! Tem gente que gasta dinheiro para ir ver os megacaminhões destruindo carros. E vibram, como vibram.

A diferença entre coisas e relacionamentos é meramente vetorial. Há quem diga que seres vivos são dotados de alma, mas eu implicantemente costumo dizer que seres vivos são dotados de vida. As coisas aparentemente possuem métodos mais sábios de ação e reação.

Exemplo prático: você soca a parede, e ela exerce a exata presão recebida de volta à sua mão, nem um pingo a mais. Já você, aquele cara com alma, recebe uma fechada de um taxista na rua, saca sua bazuca portátil e resolve logo. Não pode.

Por essas e outras, proponho um desafio a todos nós: vamos exercer a cidadania, nossos direitos, nossos desejos, nossas neuras - mas principalmente, vamos semear a gentileza e a concórdia. I believe there´s a hero in all of us (by Aunt May). Exteriorize o seu, ora pois. Apenas nas grandes dificuldades, reconheceremos que os hábitos mais esdrúxulos e arcaicos são os que realmente nos salvam. Nós precisamos de gentileza. NÓS NECESSITAMOS DE GENTILEZA!!!! Depois de tudo o que você fez na vida, ou seja, in the end, only kindness matters. :)

Aqui vai o link da música -> Jewel - Hands

Esse texto é dedicado à velhinha do ônibus de hoje, que mostrou tremenda gentileza e preocupação em tirar o lugar (reservado a idosos) de um jovem que estava estudando. Isso é gentileza pura por parte dela, mas o rapaz só estava fingindo estudar. Mas ele aprendeu uma lição hoje! Eu também. E você?

2 comentários:

Leandro disse...

Provavelmente porque este mundo está perdido em megavelocidades.


Acho que a desculpa dada pela maioria deve ser: - Eu até gostaria de ser gentil... mas não tenho tempo!.

Morris disse...

Claro que aprendi...

1 - não importa nossa idade, sempre nos sentiremos culpados, porque sempre haverá alguém pra nos culpar...

2 - NUNCA sente no banco dos velhos e doentes, a não ser que você esteja pronto pra enfrentar as consequencias...

3 - a música devia se chamar Eggs...