Olá queridos amigos adorados leitores! Como há tempos não sugerimos aqui temas que interpretem e ajudem vocês a interpretar e entender,
what in the world is happening to the world, vamos retomar às nossas aulas de História Geral. Sugiro muito fortemente, que ao lerem este texto, coloquem esta
trilha sonora. Não pelo teor de amor de bobeira, mas pelo ritmo quase monótono de crianças estadunidenses que entoam seus mal-educados "
booooring". Acompanhem comigo, a seguinte linha do tempo:
Tive uma professora de história no colégio, que nos acompanhou desde o 2º Grau, até o término do Colegial
(se você nasceu na década de 90, pergunte a seus pais como isso se chama hoje, porque eu sempre me confundo. Paciência.). A Profa. Meggie. Ela tinha um método muito, muito simplista, mas muito eficaz de explicar a História. Por esse motivo, pra mim, história sempre pareceu cíclica e lógica. Seguindo a linha do tempo acima, seria algo como
"Império grego -> revoltas populares -> invasão romana -> ascenção da Igreja -> domínio da igreja -> Nobreza no poder -> revoltas populares -> burguesia no poder -> revoltas populares -> revolução industrial -> revoltas populares -> capitalismo moderno." Viram? Milênios, em menos de 1 minuto!
Enfim, toda essa introdução, é porque me chama a atenção a surpresa da mídia e da população em geral a respeito das revoltas quase em uníssono da maioria das nações norte-africanas e do Oriente Médio, com um denominador comum: domínio monárquico, tirano, e baseado na religião (ai, bee isso é tão século XIV...). Sempre, desde o início da história moderna ou antiga, sei lá, qualquer mudança radical adveio de uma movimentação uniforme, de massas que de certa forma dominavam uma certa parte menosprezada pelos agentes dominantes. O capital da burguesia mercantil versus as honrarias dos nobres na Europa, por exemplo. A história sempre mostrou que, independente de quem está no poder de fato, as nações são dominadas por quem pode de fato fazer valer sua força dentro da sociedade.
O povo do Oriente Médio e da África, é parte da mão de obra que empurra e faz o governo e uma pequena minoria encher os bolsos de petrodólares, enquanto eles chafurdam em falta de democracia e exploração de trabalho pouco ortodoxas. Mas isso não é novo! Sabem o que é novo de fato, queridos aluninhos? O Twiter. O Facebook. O e-mail. A internet, de forma geral. Não é por acaso que todas as manifestações estão acontecendo ao mesmo tempo. E, para desespero geral dos grande futuros ex-líderes dessas nações, está funcionando. Porque, junto às ferramentas modernas, está a mídia, democrática. A mídia faz ascender e cair muito mais do que a ela se dá créditos. Mas enfim, essa não é a discussão.
Voltando às setinhas da Meggie (que eram desenhadas na losa como fórmulas de física), vamos nos ater às constantes de Revoltas Populares. Essas, são, de fato o maior instrumento de mudanças importantíssimas em todos os tempos, em todas as nações. Por que, por mais que dure um Império, todas as sociedades são formadas por pessoas. E, eventualmente, o poder de direito perde o sentido, e a população exige poder ao menos escolher quem é que vai decepcioná-la e enganá-la. Todo esse movimento ocorreu aqui na América do Sul, não faz muito tempo. A maioria dos países viviam aqui sob domínio de Ditaduras rígidas, a maioria controlada pelo exército. E a "independência", ou democracia, é realmente recente. 1992, no Brasil, foi o ano de eleições diretas depois de todo esse tempo. É, foi ontem. Mas deu certo, e a maioria dos países daqui hoje vivem em democracias.
Voltando às revoltas populares, eis o porque da mudança: notou que não houve muita diferenca entre os governos Lula e FHC? (me refiro a liberdade, trato, etc, ok? esqueça crises, politica e partidarismo). Não foram revoltas populares, foi a vontade do povo escolher a oposição. Não foi um golpe, não foi um movimento. Foi uma escolha. Mas as revoltas.. as revoltas são lindas! Unem todo uma população, mostram que são maiores juntos do que o governo. E, inevitavelmente, irão conseguir o direito ao voto, para poder cagar nas escolhas e enfiar um Hugo Chavez versão Muhammed nos respectivos Governos. Mas pelo menos terão que arcar com uma escolha, e não com uma imposição.
It´s repetition. Desde sempre, e para sempre. Todos tem o direito de ser contemporâneos dentro de um mesmo tempo, então, se o que se está usando muito é a democracia, so be it. Imaginem quando a China se der conta que tem metade da população, e iniciar uma revolta popular diante do mundo malvado dos homens de olhos inteiros? Tirem as crianças do muuundo, amigo!
E por hoje é só. Fiquem ligados para mais aulinhas de história, porque o mundo gira, gira, gira... mas ainda funciona em forma de x no poder -> revoltas populares -> y no poder -> revoltas populares... #adinfinitvm